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Governança Corporativa em Empresas Familiares

Cerca de 90% das empresas no Brasil são familiares, segundos dados do IBGE e SEBRAE. Isto quer dizer que praticamente todo desenvolvimento econômico no nosso país depende dessas empresas. Desta forma é muito importante que os sistemas de gestão nessas empresas funcionem corretamente.

Os sistemas de governança nas empresas devem funcionar essencialmente baseados em mecanismos de liderança, gestão, estratégia e controle, que possam gerir toda administração organizacional produzindo emprego e renda.

Essas variáveis são fundamentais para avaliar, direcionar e monitorar a atuação da companhia, na criação e implantação de políticas que visam transparência, eficiência e desenvolvimento organizacional, aumentando os lucros e reduzindo custos.

No presente artigo, o foco é abordar alguns dos principais pilares que sustentam uma empresa familiar, como: governança, liderança e gestão.

Governança

Governar é o exercício da autoridade, do controle da administração e o poder de governo dentro de uma organização.

É uma relação entre os administradores e os proprietários ou acionistas de uma determinada sociedade, alinhada, com o conselho de administração, conselho de fiscalização, auditorias internas e externas.

Estes conselhos, juntamente com os administradores, promoverão o debate na busca da melhor estratégia para a companhia atingir seu objetivo.

Sua importância é notória principalmente em grandes companhias, onde as competências devem ser claras e com papéis bem definidos, seja em relação a quem exerce a direção, quem exerce a administração e quem de fato são seus proprietários ou acionistas.

Portanto, para evitar possíveis conflitos de interesses entre os administradores e acionistas, as melhores práticas de governança surgem para manter alinhadas as ideias das partes.

Com isso, podemos dizer que a governança é formada por alguns pilares essenciais:

·         Transparência administrativa

o   A transparência exige que todas as atividades da companhia sejam sempre publicadas, sejam elas de capital aberto ou fechado. A publicidade dos atos e fatos ocorridos na empresa, independente desta ser ou não familiar, está diretamente ligada a integridade em manter os sócios, acionistas, fornecedores, clientes e órgãos públicos, dentro da sua área de competência, informados sobre tudo que ocorre na organização.

·         Equidade ou igualdade de direitos e obrigações.

o   Significa oportunizar a todos os sócios ou acionistas o mesmo tratamento e acesso aos documentos e demonstrações financeiras da companhia ou da empresa. Bem como, conferir-lhes os mesmos direitos e obrigações, de acordo com a configuração organizacional.

·         Prestação de contas.

o   Prestar contas significa demonstrar os resultados decorrentes de atos e fatos ocorridos na empresa/companhia, que produziram algum efeito econômico. Nada mais é que a necessidade de os administradores da empresa apresentar detalhes das contas de sua administração periodicamente. Para que a organização possa também, prestar a suas contas perante a sociedade, o mercado e o governo.

·         Responsabilidade corporativa.

o   A empresa/companhia deve criar políticas e planos de ação para incentivar e cumprir todas as regras legais que permeiam a atividade econômica e o tipo de organização.

Logo, é importante ter em mente que a governança é um ato de auto regulação, ou seja, a empresa irá cumprir aquilo que é de sua obrigação de forma autônoma.

Com efeito, a governança cria macro políticas e estratégias para desenvolvimento da organização. Questões que se aplicam e se consolidam através da liderança, e um líder busca ajudar as pessoas a entenderem para onde a organização está indo e por quê escolheu determinado caminho.

Liderança

É a arte de comandar pessoas, atraindo seguidores e influenciando de forma positiva pensamentos e comportamentos. A liderança pode surgir de forma natural, quando uma pessoa se destaca no papel de líder sem ocupar cargo efetivo de gerenciamento, ou, quando um líder é eleito por uma organização e passa a assumir um cargo de autoridade, nesse caso ele exerce uma liderança formal.

O líder tem o papel fundamental de unir os componentes de um grupo, para que juntos possam alcançar os objetivos. A liderança está estritamente relacionada com a motivação, tendo em vista que um líder eficaz sabe como motivar os indivíduos do seu grupo ou equipe para produzirem resultados positivos.

Um bom líder, geralmente é uma pessoa carismática, paciente, disciplinada e formadora de opiniões, a qual, faz uma avaliação focada no bem-estar dos colaboradores e na sustentação de um ambiente organizacional que seja produtivo e bom para todos.

Um verdadeiro líder, mantém o foco nos pontos fortes e fracos de cada pessoa, aumenta a confiança da equipe e faz com que todos desempenhem melhor suas funções em longo prazo, projetando e atingindo metas e resultados. 

Portanto, ao líder compete a tarefa de distribuir os afazeres de acordo com a capacidade e o potencial de cada colaborador, a fim de criar um clima organizacional inspirador, estimulando os colaboradores a preocupar-se com o bem-estar de todos e com os objetivos da empresa/companhia.

Gestão

O trabalho de gestão consiste em observar, identificar, corrigir, propor, planejar e acompanhar.

Todos esses verbos fazem parte do vocabulário de um bom gestor. O qual deverá monitorar se todos estão cumprindo com os deveres de acordo com o planejado, observar o presente, identificar problemas e propor melhorias para corrigir eventuais falhas.

A gestão está intimamente voltada para a efetividade dos afazeres. Nesse caso, o gestor, atua junto aos colaboradores para distribuir e realizar atividades que estejam ligadas às metas e estratégias da empresa/companhia.

Estabelecidos os objetivos e distribuídas as metas e ações, o gestor é responsável por garantir que tudo o que foi delineado, planejado e orçado seja cumprido dentro dos prazos nos planos de ações pré-estabelecidos.

Entendi sobre essas técnicas, mas quais os principais desafios em implantar na minha empresa familiar?

·         Regular o relacionamento familiar através de papéis claros baseados nas competências de cada um, separando e superando questões pessoais e em alguns casos a própria hierarquia familiar;

·         Decidir um bom direcionamento aos negócios de forma que todos fiquem contentes e que aumente a projeção da organização no mercado. A convergência não é fácil e é necessário achar um ponto de equilíbrio;

·         Acomodar os desejos dos membros da família, executivos, alcançar cargos de poder dentro das características e competências de cada um, ou, através da meritocracia.

         Esses desafios devem ser superados pois caso contrário, podem abalar as estruturas da empresa/companhia impedindo que uma boa governança seja implantada ou aprimorada. Lembre-se, a saúde e sobrevivência da organização depende disso, bem como, as relações familiares também são eternas e devem ser preservadas. 

Resta concluir que para qualquer organização ser bem-sucedida, a mesma deve ser bem liderada, bem gerida e bem governada. Tais conceitos e técnicas de governança aplicam-se também a organizações e empresas familiares, as quais possuem características bem peculiares.

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